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dos diálogos com Fernando Pessoa
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I
Oh, mar salgado quanto do teu sal são lágrimas que Portugal semeou a cumprir o desejo da Coroa — Que o mar unisse já não separasse o Reino.
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II
Um homem quer com seu Capital sonha A obra nasce. E as naus foram de ilha em continente de porto em porto — as quilhas a romper as brumas e as vagas.
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III
Há quem se sonhe eterno no brilho do quilate do algoz. Há quem não baixe a guarda ou a cabeça e saiba bem sabido o seu quinhão e a sua gente. Há quem vagueie no tempo-espaço alheio à maré da história. O mar? Eppur si muove.
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