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A donzela, no palácio, isolada.
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Como aranhas que tecem em silêncio
múmias conspiram nos corredores.
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A donzela sobressaltada.
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A névoa se levanta
a tensão se espraia
um fio gelado atravessa as vértebras.
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A donzela encurralada.
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Uns paralisados.
Outros choram em desespero.
Muitos à procura de uma corda
— sabe-se lá para que fim…
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Em terno de corte moderno
costurado em tecido medieval
o cavaleiro branco se move
sorrateiro.
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— Xeque!
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São Paulo, 19 de julho de 2015