dos diálogos com o Salmo 23,
Castro Alves,
Chico Buarque e Ruy Guerra,
Fernando Pessoa
e O Rappa
.
em solidariedade
aos médicos cubanos
.
I
os médicontinentais
são uma ilha
de sacerdócio
…..ostensório
…..estetoscópio
.
no cume de seu abismo
.
II
legião de homens brancos
de jaleco branco
vagando
.
pelos prados e campinas verdejantes
.
III
há gente no alto
do morro na beira
do rio no fundo
da cidade na margem
do mundo
.
legião de homens negros como a noite
.
IV
há gente que morre
vinte e quatro horas por dia
no apogeu do século 21
com doenças do século 16
.
herdeiros do lirismo e da sífilis
.
V
de meu continente
e meu condomínio ( fechado )
de meu monitor de cristal líquido
vejo tudo que preciso saber da terra e do universo
.
e sou do tamanho do que vejo
.
VI
a ilha é uma porção de rocha
emergente no mar
rodeada de água
e de águias
.
navegar é preciso
.
VII
o continente é um mar de terra
e há gente no alto
e há gente que morre
.
mar de gente
.
no qual mergulham
sem receio
os médicos da ilha
.
.
Belo companheiro!!!
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Salve Alex,
Valeu!!!
Abração,
J.
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Demais este…
bjo
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Oi Mariana,
Há quanto tempo não vejo sua visita por aqui.
Obrigado pelo comentário!
Pois é, de alguma forma vamos tentando ficar atentos aos acontecimentos e extrair poesia disso.
Beijo,
J.
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Esses homens brancos de jaleco branco estão ilhados em todos os sentidos – e não querem ou necessitam sair desta condição.
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Não querem assumir que defendem um mar de misérias humanas. São humanos calcários…
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