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se meu compromisso
fosse comigo e o meu umbigo
tinha m’embrenhado na autobiografia
de auto-ajudar ao próximo
como a mim mesmo
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se fosse mera questão de retórica
de aliança no dedo
de discurso hemorrágico
eu comia minha língua e derretia o anel
para estancar minha fome
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mas meu cérebro dormeacorda
comigo
cospe o verbo em minha face
mijando sujas fotografias nos meus olhos
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ai meu benzinho
se meu compromisso fosse comigo
eu fazia de ceroula a bandeira
recitava pão pra quem tem fome
falava como se apenas houvesse ouvidos
assistia tudo de cima do (escombro) do muro
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e ia bater uma punheta
.
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queria ter desfrutado mais de sua “cabeça” conosco. Não se afaste.
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