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em memória do amigo Jubileu
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dos diálogos com Renato Russo,
Carlos Drummond de Andrade
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I
Soa estranha
a melodia do adeus.
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Dissonante e apressada
a morte se adianta
aos nossos anseios
tão humanos quanto ela.
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Anjos sem asas
arco-íris monocromáticos
paredes caiadas
(onde outrora aerosóis inscreveram
hieróglifos urbanos)
Arquitetam a difícil paisagem.
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O metrô vazio
às seis da tarde
nos permite digerir
a notícia.
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II
Desacorçoados
maquinamos possibilidades
Aléns
Post-scripta.
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Nossos projetos estão desacostumados
à ideia
inevitável e palpável
de um ponto final.
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III
Soa estranha
a melodia do adeus
que embala certas tardes
de maio
ou novembro
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em que nossos vivos se vão
jovens ou cedo demais.
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IV
Os mortos permanecem vivos
nas marcas
deixadas no caminho
ou tatuadas em nós.
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A vida nos cobra prosseguir
com nossas bagagens e cicatrizes
empunhando nossas bandeiras
carregando o maxilar de nossos antepassados.
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Parabéns Jonathan, bem intenso!
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Muito obrigado pelas palavras, Fernando.
Forte abraço,
J.
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Lindo Jonathan,sem palavras!
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Oi Vivian,
Obrigado pelo comentário. É um poema simples, dedicado com carinho a um amigo.
Abração,
J.
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gostei muito do seu poema tocou profundamente no meu coração
parabens!!
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meus parabens pelos poemas que eu li,
adorei!!
continue assim dando alegria e conforto
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Muito bom!!! talentoso … ” curti “
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muito bonito em mano sem palavras que deus te abençoe ainda mais abraço de seu amigo Edinho…..
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Valeu Edinho!
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