Chuva e trovão

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Fazia frio.

.

Exausta, apreciava a chuva
a desabar sobre a cidade.

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Refugiei-me debaixo do chuveiro.

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A esponja ensaboada
– carícias em minha pele.

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Mergulhada na neblina do banheiro
a água quente a deslizar por meu rosto
………………………….beijar meus seios
……………………….abraçar meu corpo

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………Molhava-me

.

Enxurrada delírio trovão.

Jonathan Constantino
São Paulo, 29 de setembro de 2009

8 comments

    • Este exercício (eu-lírico feminino) é um dos que particularmente me atrai, embora seja muito difícil, para não se tornar nem caricato e nem uma “mulher pelos olhos de um homem”. É um limite a ser enfrentado. Às vezes sem sucesso. Às vezes se consegue.

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