dos diálogos com Alejandro Reyes
Belchior
Carlos Drummond
e Charles Trocate
Tinha uma flor
largada no quintal do mundo.
.
Não tinha nome força ou luz
para contrastar o tédio
ou despontar em ato primavera.
.
Sem permissão alguma
o sol na madrugada ardeu
e consumiu a flor
gemendo labaredas e abismo.
.
Quando a aurora brotou
restou ao dia chover em celebração.
[…] Versão original disponível em: https://versosnalinhadotempo.com/2010/09/08/aflornoquintal/ […]
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Esse poema só me faz soltar fogos de felicidade.
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E que venham mais sóis na madrugada; afinal a flor não se realiza enquanto tal se não for consumida desta forma “invasiva” e “sem permissão” nos quintais da vida.
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… Aí num poema, bem no meio da linha do tempo, vem alguém e te conta da flor, e então torna-se a flor, a flor sem nome, a flor sem força, a flor sem luz. Que pelo menos pra esse alguém, fez toda a primavera. Agora sim, Obrigado.
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Todos os dias, absolutamente todos, flores desabrocham escondidas no quintal, sao engolidas pela madrugada e todo mistério da vida é celebrado no fim do dia, esperando novamente o dia, a flor e o sol voltarem.
Todos os dias isso acontece e pessoas chegam e vão sem perceber, sem ver, sem viver.
Aí num poema, bem no meio da linha do tempo, vem alguém e te conta da flor. Obrigado.
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parabens a tempos eu não vejo um poema assim como esse.
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concordo com “lindo” e com “profundo demais”.
Não escondo que, dentro de mim, acrescentei um verso:
“aquela chuva fez a flor desabrochar, perfumar embelezar o dia”
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Oi João,
Obrigado pelo comentário e pelo diálogo.
Abraço
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Lindo!
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